Câncer de Rim

Urologia Oncológica

As neoplasias malignas do rim são importantes do ponto de vista epidemiológico, e têm apresentado uma incidência crescente ao longo das últimas décadas. O aumento dos diagnósticos de tumores assintomáticos verificados pelos métodos de imagem não tem se acompanhado de uma redução concomitante das taxas de mortalidade. A cirurgia segue sendo a base da terapia das lesões primárias, e também tem papel fundamental no tratamento das metástases e na cito-redução tumoral. Cerca de 20% dos cânceres renais apresentam doença metastática ao diagnóstico, respondendo mal à quimioterapia.

Descobertas recentes sobre as bases genéticas e moleculares destas neoplasias levaram ao surgimento de terapias moleculares e imunológicas, que hoje são a primeira linha no tratamento sistêmico.

Diagnóstico

Poucos tumores malignos têm velocidade de crescimento tão variável quanto os de rim. Há pacientes em que a doença evolui de forma lenta durante anos, enquanto outros apresentam crescimento rápido e disseminação em poucos meses.

Quando os tumores renais são diagnosticados incidentalmente, durante exames para avaliar outros problemas de saúde, geralmente ainda são pequenos e confinados ao próprio órgão. Nos pacientes que não tiveram a sorte de descobrir a doença nessa fase, o tumor renal poderá invadir as estruturas locais, avançar em direção à cápsula renal (um envoltório de tecido conjuntivo que recobre o órgão), chegar ao tecido gorduroso que se concentra ao redor do rim e atingir os vasos sanguíneos renais .

Em fases mais avançadas, as células malignas podem migrar para os linfonodos da vizinhança e cair na circulação sanguínea. Uma vez na corrente sanguínea, ganham acesso a todos os órgãos, mas as metástases costumam instalar-se preferencialmente nos linfonodos abdominais, do mediastino (espaço entre os pulmões) e das fossas supraclaviculares (popularmente conhecidas como saboneteira), nos pulmões, fígado, ossos e cérebro.

Fonte: Site Vencerocancer.org.br