Câncer de Próstata

Urologia Oncológica

A próstata é uma glândula e está localizada na região pélvica do homem e tem o tamanho semelhante ao de uma noz. Situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto, sendo atravessada pela uretra, um canal que se estende da bexiga ao pênis e por onde a urina é eliminada. Pode ser dividida em dois lados, chamados de lobos: direito e esquerdo. Sua parte superior é chamada, paradoxalmente, de base, e a inferior de ápice.

Sua Função

A próstata tem a função de produzir uma secreção fluida para nutrição e transporte dos espermatozoides.

Vale lembrar aqui que os espermatozoides gerados nos testículos e são transportados até as vesículas seminais pelos ductos deferentes, onde o sêmen (líquido expelido durante a ejaculação) é constituído pelos espermatozoides juntamente com as secreções das vesículas seminais (produtoras da maior parte do fluido seminal) e das glândulas periuretrais. Durante a ejaculação, ocorre contração da vesícula seminal e eliminação do sêmen através dos ductos ejaculadores, que passam pela próstata e desembocam na uretra.

O Câncer de Próstata

O câncer de próstata é, depois do câncer de pele, a neoplasia mais comum no sexo masculino, representando cerca de 10% de todos os cânceres diagnosticados ao redor do mundo. Estima-se que um em cada seis homens norte-americanos será diagnosticado com câncer de próstata durante a vida. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se em 2014 o surgimento de 69 mil novos casos, ou seja, 62 casos para cada 100.000 brasileiros. Felizmente, apesar da incidência crescente, observa-se um declínio das taxas de mortalidade, que diminuíram 40% nos últimos 15 anos nos países desenvolvidos. Essa redução se deve, principalmente, ao diagnóstico precoce e ao aperfeiçoamento das formas de tratamento.

O desenvolvimento do câncer de próstata está relacionado, sobretudo, ao envelhecimento masculino. Embora a doença possa ser diagnosticada em homens jovens, inclusive com menos de 40 anos, o risco aumenta significativamente após os 50 anos, correspondendo a 40% dos tumores nessa faixa etária.

A idade média ao diagnóstico da doença é de 69 anos, enquanto a do óbito é de 77 anos. A Tabela 3, a seguir, mostra a chance (porcentagem) de diagnóstico de câncer de próstata nos próximos 10, 20 e 30 anos, de acordo com a idade atual.

Em geral, o câncer de próstata apresenta crescimento lento, podendo levar anos para causar um problema mais sério. Nas fases iniciais, ele pode crescer de maneira silenciosa, não causando nenhum sintoma específico. Muitos pacientes não apresentam sintomas mesmo em fases mais avançadas. Em outros homens, os primeiros sintomas podem surgir durante o crescimento local, quando o tumor comprime a uretra (sintomas obstrutivos) ou impede o fluxo de urina, levando alterações sensitivas na bexiga (sintomas irritativos).

Posteriormente, podem surgir os sintomas relacionados a invasão de órgãos vizinhos, como a bexiga (sangue na urina) ou reto (sangue nas fezes/dor retal) e eventualmente os linfonodos da pelve (inchaço das pernas) e do abdômen (dor abdominal). A maioria das metástases à distância ocorre nos ossos, principalmente na coluna, quadril e costelas, o que pode ocasionar dor e fraturas. Nos casos mais avançados, a doença causa fraqueza, anemia e redução do apetite. Entretanto, esses sintomas não são exclusivos do câncer de próstata, podendo estar relacionados a outras causas.

Os fatores de risco mais conhecidos para o câncer de próstata são:

  • Idade
  • Histórico Familiar
  • Raça
  • Dieta
  • Obesidade
FAIXA ETÁRIA

O desenvolvimento do câncer de próstata está relacionado, sobretudo, ao envelhecimento masculino. Embora a doença possa ser diagnosticada em homens jovens, inclusive com menos de 40 anos, o risco aumenta significativamente após os 50 anos, correspondendo a 40% dos tumores nessa faixa etária.

A idade média ao diagnóstico da doença é de 69 anos, enquanto a do óbito é de 77 anos. A Tabela 3, a seguir, mostra a chance (porcentagem) de diagnóstico de câncer de próstata nos próximos 10, 20 e 30 anos, de acordo com a idade atual.

SINTOMAS

Em geral, o câncer de próstata apresenta crescimento lento, podendo levar anos para causar um problema mais sério. Nas fases iniciais, ele pode crescer de maneira silenciosa, não causando nenhum sintoma específico. Muitos pacientes não apresentam sintomas mesmo em fases mais avançadas. Em outros homens, os primeiros sintomas podem surgir durante o crescimento local, quando o tumor comprime a uretra (sintomas obstrutivos) ou impede o fluxo de urina, levando alterações sensitivas na bexiga (sintomas irritativos).

Posteriormente, podem surgir os sintomas relacionados a invasão de órgãos vizinhos, como a bexiga (sangue na urina) ou reto (sangue nas fezes/dor retal) e eventualmente os linfonodos da pelve (inchaço das pernas) e do abdômen (dor abdominal). A maioria das metástases à distância ocorre nos ossos, principalmente na coluna, quadril e costelas, o que pode ocasionar dor e fraturas. Nos casos mais avançados, a doença causa fraqueza, anemia e redução do apetite. Entretanto, esses sintomas não são exclusivos do câncer de próstata, podendo estar relacionados a outras causas.

FATORES DE RISCO

Os fatores de risco mais conhecidos para o câncer de próstata são:

  • Idade
  • Histórico Familiar
  • Raça
  • Dieta
  • Obesidade

Diagnóstico

Há ainda muita controvérsia referente à idade de início do rastreamento do câncer de próstata. Atualmente, recomenda-se o rastreamento para homens com idade acima dos 50 anos e expectativa de vida acima de 10-15 anos. Sugere-se que os homens sejam avaliados anualmente através do toque retal e de dosagens sanguíneas de PSA (antígeno prostático específico). Aqueles com história de câncer de próstata na família acometendo parentes de primeiro grau (pai e irmãos) e de homens negros devem iniciar essa avaliação aos 40 anos, devido ao maior risco.

O Toque Retal

O toque retal detecta qualquer alteração na próstata (endurecimento, nodulações) que possa estar relacionada à presença do câncer. Apesar de ser um pouco desconfortável, é parte fundamental da avaliação prostática, servindo também para auxiliar na decisão da melhor forma de tratamento. O procedimento é muito rápido: dura alguns segundos e é realizado em condições de total conforto ao paciente. O médico introduz o dedo indicador com luva lubrificada no ânus do paciente, alcançando o reto.

Como a próstata fica logo à frente do reto, é possível tocar a sua parte posterior, detectando alterações suspeitas, como nódulos, endurecimentos ou irregularidades.
Infelizmente, ainda há preconceito com esse exame. Cerca de dois terços dos homens brasileiros não se submetem ao teste. O procedimento deve ser encarado da mesma forma que um exame de boca, nariz ou ouvido. O toque não interfere na masculinidade de ninguém, pelo contrário, é sinal de que o homem está preocupado consigo e com seus familiares.

Sim, pois cerca de 20% dos tumores de próstata são diagnosticados através do toque retal em homens com níveis normais de PSA. Em muitos casos, trata-se de tumores mais agressivos, pois não produzem muito PSA. Sem o exame do toque retal, esses tumores serão, em sua maioria, diagnosticados em estágios mais tardios, com menor possibilidade de cura.

Nem sempre. Existem situações em que pacientes com câncer de próstata têm o exame do toque retal normal. Na maioria das vezes, isso acontece em tumores ainda muito pequenos ou naqueles localizados nas porções centrais da glândula, inacessíveis ao toque. Dessa forma, nenhum paciente deve ser submetido isoladamente ao toque retal ou ao PSA. Um procedimento sem o outro apresenta índices baixos de identificação. No entanto, a combinação de ambos possibilita o diagnóstico em 80% dos casos.

O Tratamento

Há vários tratamentos para o câncer de próstata. Em geral, eles são bastante efetivos, principalmente quando a doença é diagnosticada em fases mais precoces. A diversidade possibilita ao paciente escolher o tratamento que seguirá de uma forma personalizada. A escolha deve estar relacionada não só às chances de cura, mas aos efeitos colaterais, ao custo e à logística pertinente a cada uma das modalidades terapêuticas.

O grande leque de opções também pode também causar dúvidas e angústias na escolha do melhor caminho a ser seguido. Os tratamentos são divididos em três grupos: quando a doença é localizada, quando o PSA aumenta após o tratamento com intenção curativa (cirurgia ou radioterapia) e quando a doença é avançada e envolve outros órgãos.

Artigo do Dr. Lucas Nogueira, Cirurgião ao site Estadão/ Brasil Health
Publicado em 06/11/2017 – Atualizado em 12/05/2018